Ás de Copas

Este arcano pede que, neste momento, você abra mais o seu centro do coração, deixando que a boa vontade e a afetuosidade brotem de sua alma sem expectativas ou condições. Permita que uma qualidade amorosa – que bate forte, pedindo pra sair – seja derramada para todos os cantos, inclusive para aquelas pessoas de quem você menos gosta. Muitas boas surpresas ocorrerão à medida que você compreender que, ao amar sem esperar resultados, os resultados são melhores do que os originalmente esperados. Abra-se ao novo, Michele! Não apenas a pessoas novas, mas também a novos olhares, novas perspectivas, de modo que o encantamento se derrame e você se perceba com a alma limpa, renovada, respirando e irradiando amor, tornando-se uma presença atrativa e desejada. É hora de amar, Michele! Não se importe se as pessoas não lhe correspondem. Você aprenderá, neste momento, que o amor faz bem principalmente a quem o emite. E termina sendo algo beneficamente contagioso: magnetiza e afeta, transformando o mundo em torno de si, tornando-o um lugar melhor.

Conselho: Momento de abrir o coração, de renovar.

O I-CHING

O I Ching, Livro das Mutações, é uma das bases do pensamento chinês. Em chinês, o termo "I" significa "mutação, não-mutação" ou ainda "fácil e simples". Já o "Ching" significa "clássico" ou "poço". Poderíamos então utilizar a definição encontrada no Hexagrama 48 (Ching, "o poço") -"Um poço em cujo interior há uma fonte que verte a água da vida é, sem dúvida, um bom poço." [...] "O importante é que se beba de sua fonte, e que suas palavras sejam aplicadas à vida."

De origem imemorial – A sua autoria é atribuída a Fu Hsi, uma figura lendária que representa a era da caça e da pesca, devendo-se a ele também o hábito de se cozer os alimentos. O facto de ser ele indicado como o inventor dos signos lineares do I-Ching significa que lhes é atribuída uma tal antiguidade que antecede à memória histórica.

Segundo a tradição, depois de Fu Hsi, a actual compilação dos 64 hexagramas do I-Ching foi executada na dinastia do Rei Wen. Diz-se que ele acrescentou breves julgamentos aos hexagramas. O seu filho, o Duque de Chou, teria redigido os textos relativos às linhas em mutação. E finalmente, Confúcio e seus seguidores teriam acrescentado os "comentários sobre a decisão".

O seu conhecimento era transmitido de geração em geração, oralmente, através de versos rimados para facilitar a memorização. O sábio Confúcio (500 aC) já se referia a ele como sendo um livro milenar. Alguns arriscam afirmar que ele teria hoje cerca de 5 mil anos. Mas, independente da sua idade cronológica, o que impressiona é a actualidade da sua sabedoria.

Apesar de se ter popularizado entre nós como oráculo, ele é muito mais do que apenas isto, é, principalmente, um guia para a vida, onde através da meditação sobre as suas recomendações encontraremos a acção correcta, no momento adequado".

Assim, das quatro principais correntes filosóficas do pensamento chinês, compostas pelo Confuncionismo, o Taoísmo, o Budismo e a Religiosidade Popular (um sincretismo das três anteriores, no seu sentido mais exotérico), o I-Ching inspirou claramente pelo menos duas delas: o Confucionismo e o Taoísmo.

A partir da observação das grandes leis da natureza, presentes tanto no céu como na terra, o Livro das Mutações aponta caminhos para o homem, adaptando ao seu quotidiano estas mesmas leis imutáveis através de 64 hexagramas.

A actual versão do Livro das Mutações, lançada no ocidente (Alemanha) em 1956 foi traduzida a partir do chinês pelo sinólogo Richard Wilhelm, buscando manter – na medida do possível - o texto original.

Assim, mais do que simples frases e citações, as ideias que extraímos do I-Ching são um convite à reflexão e meditação sobre os mais variados temas do nosso quotidiano. Então, melhor do que falar sobre o I Ching, é permitir que cada um "beba de sua sabedoria", através das suas próprias palavras.

O Calendário Maia


Os Maias foram um povo, que se diziam oriundos das estrelas, tendo grande parte da América Central, e desenvolvido hábitos sociais e religiosos complexos, que lhes asseguravam a abundância do País, fortemente baseados na Astrologia, e no seu Calendário, sendo no entanto bastante simples, quanto à sua vivência em comunhão com a Natureza. O Calendário Maia divide o ano em 13 meses – baptizados com nomes de luas, visto ser a Lua a sua base – com 28 dias cada um. É constituído de quatro semanas iguais de sete dias – denominados de dali, seli, gama, kali, alfa, limi, sílio, os quais são representados por símbolos que assumem um tipo específico de energia – o que resulta em 364 dias. Este Calendário tem vindo a ser conhecido pelo seu extremo rigor, e pelas previsões apocalípticas que revela para a nossa era actual, e o fim deste Calendário, com a realização da Grande Festa Cósmica, em 21 de Dezembro de 2012, altura em que a Humanidade terá de estar preparada para conviver com o conceito de Multidimensionalidade, e integrar a Confederação Galáctica.

A par destas previsões existem já algumas comunidades nascentes – como a Rede de Arte Planetário, no Brasil -a prepararem-se para as grandes transformações iminentes no nosso Planeta, tendo iniciado esse processo pela adaptação do Calendário Maia no seu quotidiano. São denominadas de “ecoaldeias”, lugares em que as casa serão de barro, o alimento provirá da própria terra, e a energia utilizada será a eólica, ou outra não poluente; todas as tarefas serão realizadas por grupos divididos de acordo com a simbologia que cada um tem no Calendário, sendo a liderança espontânea, e resultado da necessidade do grupo.

As Runas I

Seja qual for o meio de adivinhação rúnica aplicada, deverá ser sempre precedido por um momento de introspecção e concentração para que a sintonia do interlocutor em relação ao campo rúnico possa estabelecer-se e que a energia flua correctamente entre os dois pólos estabelecidos. A simbologia rúnica é o portal que se abre para nos conceder acesso ao subconsciente. A resposta do oráculo será sempre uma revelação directa, porém envolta em subtilezas que farão com que o interlocutor se auto-análise e mergulhe no fundo de seu ser. A própria raiz da palavra Runa, o "ru", em língua germânica arcaica, está ligada a segredos e mistérios ou a algo muito confidencial. Runwita era um sábio ou conselheiro do rei, conhecedor de todos os "segredos". Runa em alemão arcaico tem o mesmo significado que "raunen" na língua actual e quer dizer sussurrar ou confidenciar. O "roun" dos escoceses antigos e o "rún" da Islândia têm a mesma conotação, sempre associados a mistérios e segredos.

Quando a actual Grã-Bretanha foi colonizada pelo anglo-saxãos, existiam alfabetos rúnicos com o número de símbolos diferenciados (28 letras e posteriormente 29.) Na região norte da Inglaterra, acima do rio Humber, um pouco mais tarde surgiram 33 símbolos.

O verdadeiro alfabeto, que além de ser a base para as escritas nórdicas e teve seu uso em magias, rituais e oráculo é o FUTHARK, composto de 24 símbolos, agrupados em 3 "aetts", ou seja, conjuntos de 8 letras cada, lidas da direita para a esquerda.

O primeiro "aett" corresponde às Runas Fehu, Uruz, Thurisaz, Ansuz, Raido, Kano, Gebo e Wunjo e a sua regência é de Freyr e Freyja, divindades da fertilidade e da criatividade.

O 2º grupo de "aetts" é composto de Hagalaz, Nauthiz, Isa, Jera, Eihwaz, Perth, Algiz e Sowelu. Regidas por Hemdal e Mordgud, respectivamente o Deus da protecção pessoal e a Deusa, guardiã das entradas para os mundos subterrâneos.

O 3º "aett", tem a protecção do Deus Tyr e de sua companheira Zisa. São entidades guerreiras que em especial, resguardam a autodefesa do indivíduo. As Runas são: Teiwaz, Berkana, Ehwaz, Mannaz, Laguz, Inguz, Othila e Dagaz.

As Runas

A origem das Runas data de tempos imemoriais, oriundas do norte da Europa, muito antes do aparecimento do cristianismo. Os mestres rúnicos da Antiguidade riscavam os seus símbolos sagrados em seixos ou em gravetos de uma árvore frutífera, utilizando até o próprio sangue para dar-lhes a força mágica espiritual que almejavam. Para além de representarem o alfabeto de uma escrita antiga, cada letra é também um símbolo sagrado e autónomo. Cada Runa representa um arcano ligado a entidades representativas de Deuses da mitologia nórdica. Os símbolos por sua vez, tem uma energia individual e uma vibração característica que se expressa na força específica de cada Runa.

O campo vibratório altera-se quando vários símbolos são conjugados para um trabalho em grupo. É essa força que estimula a intuição do runamal (a Runa falada ou os intérpretes que faziam as Runas falarem). Na Antiguidade, o profundo conhecimento acumulado era transmitido de geração a geração a um círculo de homens sábios e mulheres de conhecimento que haviam sido iniciados para isso, mas mesmo assim, ele jamais concentrado na mão de um grupo restrito como frequentemente acontece quando o poder é manipulado. Muitos mestres adicionavam novas revelações recebidas durante a convivência intensiva com o oráculo mantendo assim a chama das Runas acesa durante milénios.

Mesmo no mundo material da actualidade, os símbolos rúnicos continuam vivos e alcançáveis por quem quer que se interesse por eles. O convívio estreito com o oráculo faz com que o runamal ou mesmo o próprio consulente, ganhe uma intuição quase infalível.